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Rito de Passagem: A Travessia que Transforma

Grazi Castro 0

Rito de Passagem foi um termo cunhado pelo antropólogo Arnold van Gennep , em sua obra “Os Ritos de Passagem” (1909)

Afinal de contas, o que é rito de passagem?

Os ritos vão além das cerimônias tradicionais; eles se apresentam em cada mudança significativa, seja ela interna ou externa. Um momento de dúvida, uma decisão calorosa ou até mesmo o enfrentamento de uma perda podem ser vividos como ritos de passagem. Eles nos convidam a deixar o conhecido para trás, cheio do vazio que antecede o Novo com todas as suas surpresas e complexidades.

O seu poder está na transformação.

Mas o verdadeiro poder desses ritos está na transformação que promovem. Durante uma fase liminar, nos deparamos com o desconhecido – de nós mesmos e do mundo. É nesse espaço, entre o que era e o que será, que nos tornamos mais fortes, mais autênticos e mais conscientes.

O rito de passagem é o convite da vida para atravessarmos as fronteiras do conhecido, abraçarmos o desconhecido e renascermos mais fortes. Pode ser o primeiro emprego, um casamento, a chegada de um filho, ou até mesmo momentos silenciosos, como o fim de um ciclo difícil. Em todos eles, há um chamado para deixar para trás o que já não serve e carregar conosco apenas o que for necessário para a nossa nova versão.

Há algo profundamente humano em atravessar portais.

Foto de Joshua Earle na Unsplash

É quando o velho encontra o novo, o conhecido se dissolve e somos chamados a enxergar além do horizonte. No entanto, o mais fascinante sobre os ritos de passagem não é o que encontramos depois da travessia, mas o que descobrimos dentro de nós ao longo do caminho.

Cada rito de passagem é uma oportunidade para revisitar nossas verdades, confrontar medos antigos e ressignificar dores. É o silêncio que nos leva a ouvir a nossa própria voz e o caos que nos ensina sobre ordem. É o vazio que, aos poucos, nos revela o quanto de espaço que ainda temos  para evoluir, já que somos seres infinitos.

O que emerge é uma versão mais rica.

Mas há um segredo nos ritos de passagem: eles não são apenas mudanças externas; são celebrações internas. Quando abraçamos a jornada, descobrimos que o “eu” que termina não é derrotado, mas integrado. O que emerge é uma versão mais rica, mais consciente que se manifesta de dentro para fora; do interno para o externo; do micro pra o macro.

Não há necessidade de pressa. Cada rito pede seu tempo, sua própria dança entre resistência e facilidades. E ao aceitarmos o fluxo, percebemos que atravessar não é apenas um ato em si, mas um processo .

Foto de Joshua Earle na Unsplash

Porque, no fundo, o rito de passagem é isso: a certeza de que a vida, em sua profundidade, não acontece no que deixamos ou alcançamos, mas na transformação que acontece enquanto caminhamos.

Então, quando a vida te apresentar um portal – seja ele esperado ou inesperado –, lembre-se: o rito de passagem é o convite para se transformar. Não importa o desafio que seja sua jornada, ela sempre nos conduzirá a uma versão mais ampla de quem podemos ser. Porque atravessar não é apenas sobre chegar ao outro lado, mas sobre honrar a mudança que acontece no caminho – as quedas, os aprendizados, as dúvidas e as descobertas que nos moldam. Porque, no fundo, o rito de passagem não é apenas um marco no tempo; é a prova de que somos capazes de nos reinventar, de crescer e de nos alinhar cada vez mais com a essência de quem realmente está aberto para a expansão num novo patamar na sua evolução individual.

Está pronto para estabelecer um rito de passagem em sua vida?

Que a vida te traga muitos ritos e o Novo, o que você ainda nem conhece ou imagina porque, na verdade somos seres infinitos…

Foto de Capa Kostiantyn Li na Unsplash

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