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Artigo criado por: Marcela Rangel
Especialista em Saúde Mental Corporativa • Psicanalista • Consultora de Treinamentos e Desenvolvimento Humano • Mentora de Líderes e Carreira • Palestrante
Durante minha atuação como consultora e palestrante, percebi o impacto profundo que o suporte à saúde mental pode ter tanto na vida dos colaboradores quanto nos resultados das empresas. Com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), problemas de saúde mental no ambiente de trabalho custam cerca de US$ 1 trilhão por ano em perda de produtividade globalmente. Isso é uma consequência direta do aumento de absenteísmo e da queda no engajamento nas empresas onde questões como o burnout não são devidamente tratadas. A implementação de políticas robustas para apoiar a saúde mental não apenas mitiga esses efeitos negativos, mas também promove uma cultura de bem-estar e retenção de talentos.
Como tenho observado em diversos treinamentos, empresas que oferecem suporte psicológico e praticam maior flexibilidade de horários notam uma melhoria significativa no clima organizacional e na performance de suas equipes. Esses benefícios não são apenas anedóticos. De acordo com o relatório “Tendências de Benefícios Corporativos” de 2023, publicado pela Mercer Marsh Benefícios, 42% das empresas no Brasil relataram um aumento expressivo na procura por programas de suporte à saúde mental desde o início da pandemia de Covid-19. Além disso, 64% dessas organizações indicaram que oferecer apoio psicológico aos seus colaboradores foi uma das iniciativas mais eficazes na redução dos índices de burnout.
Ao investir em programas de saúde mental, as organizações não só garantem a melhoria do bem-estar dos colaboradores, mas também fortalecem suas estruturas internas. As empresas que implementam tais iniciativas observam uma queda nos afastamentos, uma maior retenção de talentos e um aumento na produtividade. O custo da inação, por outro lado, pode ser devastador — conforme estimado pela OMS, a falta de apoio adequado à saúde mental gera enormes perdas financeiras, tanto para as empresas quanto para a economia global.
A saúde mental é um fator diretamente relacionado à performance organizacional. Nos diversos treinamentos que ministrei, percebo que, quando os colaboradores se sentem apoiados e sabem que a empresa valoriza seu bem-estar, isso reflete em maior engajamento, menor absenteísmo e uma cultura corporativa mais saudável.
Por exemplo, em um treinamento de liderança em uma empresa do setor de varejo, vimos que líderes que incentivavam o autocuidado de suas equipes conseguiram, em menos de seis meses, reduzir em 20% os índices de absenteísmo. A combinação de flexibilidade, apoio emocional e atenção às necessidades individuais transformou a dinâmica organizacional.
“Ao cuidar do bem-estar mental, as empresas não apenas preservam seus colaboradores, mas também constroem um futuro mais sustentável e próspero.”
Sua empresa já adota práticas de suporte à saúde mental? Como você vê o impacto dessas políticas no seu ambiente de trabalho?
